Categorias
Notícias

Nativos Digitais

Em conversas com pais e mães de amigos da minha filha (11 anos), alguém levantou a ideia de que nossos filhos são Nativos Digitais. Juro que não foi a primeira vez que ouvi falar sobre isso. Não deu outra. Fiquei curioso e corri para a internet, me achando o próprio Nativo Digital, com todas as suas “qualidades”. Resultado: descobri que não é bem assim. Na verdade, verifiquei que algumas das qualidades atribuídas a essas pessoas são mitos. Por isso, com este post, me senti motivado a escrever um pouco do que aprendi.

Como muitos, este é mais um tema que muito se discute, mas poucos têm uma noção precisa. Segundo especialistas, Nativos Digitais são pessoas que reúnem duas características básicas: nasceram a partir de 1980 e cresceram, no sentido de desenvolvimento biológico e social, em contato direto com a tecnologia digital.

O tema foi criado em 2001 pelo Professor Marc Prensky, para debater métodos de educação em sala de aula, tendo em vista que tradicionais métodos usados por professores até meados dos anos 80 começavam a não ter o mesmo efeito em crianças que tinham em casa computadores, videogames e outras mídias interativas. Ou seja, as crianças criadas em um mundo digital demandam um ambiente de aprendizado rico em mídia, para que haja a necessária captura de suas atenções.

Hoje, embora haja discordâncias, é majoritário o pensamento de que os Nativos Digitais têm características bem peculiares. Dentre elas, destaca-se a facilidade para obter e selecionar informações. São autodidatas por natureza e o contato regular com dispositivos tecnológicos oferece muitas facilidades para encontrar informações, mesmo em meio a um grande volume de dados. Aprendem online. Se não entendem um conceito apresentado em sala de aula, podem pesquisá-lo no próprio celular, e encontrar o que precisam em questão de segundos.

Adaptam-se também facilmente à realização de múltiplas tarefas, mesmo havendo quem afirme que essa característica colabora com a falta de atenção. Parecem fazer tudo ao mesmo tempo e isso também torna o  comportamento um pouco linear, o que pode ser difícil de entender para pessoas mais velhas, que cresceram com o analógico e depois se inseriram em realidades mais tecnológicas.

Preferem a comunicação por mensagem instantânea. Neste caso, não espere que eles telefonem aos amigos para conversar ou marcar um encontro. Esquece! Eles preferem conversar simultaneamente com várias pessoas, resolver pendências, ter momentos de distração e até mesmo trabalhar.

Por outro lado, apresentam pouco contato com dispositivos analógicos. Os Nativos Digitais das primeiras gerações já eram pouco analógicos, devido ao contato precoce com dispositivos tecnológicos. Hoje, suas câmeras são digitais e muitos têm dificuldade de usar papel e caneta. Sempre buscam novas ferramentas para facilitar o trabalho, sem que tenham de recorrer a opções analógicas, ao contrário de seus pais ou avós.

Também valorizam a colaboração. Alguns cultivam mais relações online, em vez de sair de casa para se encontrar com a família e amigos. Entretanto, o ambiente em que estão inseridos é mais colaborativo. Ou seja, estão sempre dividindo informações, interagindo entre si e prezando pela criação de novos conteúdos em conjunto, o que é facilitado pelas modernas ferramentas de produtividade e reunião de equipes.

Um outro aspecto importante é que o engajamento nas redes sociais e o contato com diferentes ideologias também está fazendo com que eles desenvolvam uma consciência social. São estimulados diariamente por hashtags, notícias, memes e discussões, desenvolvem a empatia e entendem o papel das minorias, o que não é tão relevante ou simples para gerações anteriores.

Enfim, estas são algumas das qualidades atribuídas para estas pessoas. Apesar de não ser um especialista, tenho certeza de que, como pai de uma Nativa Digital, este assunto deve ganhar cada vez mais repercussão, principalmente neste momento de pandemia, em que as escolas estão repensando os seus modelos de ensino e até as suas políticas educacionais. Caso contrário, corremos o risco de que nossas instituições educacionais, vítimas do tradicionalismo, fiquem eternamente apoiadas em uma mera ilusão.

Eis então um grande desafio aos pais, professores e alunos!

Gilson Calais

Categorias
News

What’s the difference between augmented, virtual and mixed reality?

I came across this question in various meetings and conversations. Although similar in many ways, the so-called immersive technologies represented by augmented reality (AR), virtual reality (VR) and mixed reality (MR) have important differences in their proposal.

The most famous one is virtual reality. Mostly because of the strong symbolism represented by the use of special glasses to access this technology. On the other hand, the most accessible, scalable and which is expected to become increasingly popular is augmented reality. It requires only a smartphone to access it, current available to 60% of Brazilians and 80% of Europeans. Mixed reality, on the other hand, is the least known and can be considered a mixture of AR and VR and its access is accomplished through a special equipment such as Microsoft’s Hololens glasses.

Let’s understand better these 3 technologies in a more detailed way:

Virtual Reality (VR)

It provides total virtual immersion experience, moving the user from the real world to another totally simulated by computer. It is possible, for example, to see yourself inside a game or take sight tours around the globe without leaving physically a place. At the beginning, its use was greatly represented in game industry. Over time, it has also been used in several other sectors such as health, education, engineering, events and tourism.

The experience takes place through the use of special glasses like Facebook’s Oculus Quest, which works autonomously or by a smartphone compatible equipment such as the Samsung Gear VR. In a quick web search, several VR glasses options are available. For those looking for a more affordable equipment for example, Google Cardboard can be found for just US$ 15 on the internet. The user can manually assemble the cardboard glasses and then attach a cell phone compatible with virtual reality applications.

VR applications are already used in different sectors and for the most diverse purposes. To name a few examples:  doctors while preparing for surgical procedures, soldiers in combat simulations, athletes in competition training, children, youth and adults during learning processes, among others.

Augmented Reality (AR)

It became popular all over the world due to the Pokémon GO phenomenon, the most known augmented reality application. Unlike VR, augmented reality is a technology that inserts virtual elements in real environments, such as images, videos, 3D objects, games, external links, etc. Accessible by a smartphone or tablet compatible with AR applications, or even through special glasses which should start reaching the market with more intensity next year. Apple should announce 2021 Apple Glass launch by the end of this year. Technology giants like Google and Facebook should make announcements soon too. Other players will surely emerge not only with glasses offers but also AR contact lenses. It’s been speculated that Apple’s glasses will hit the market at prices starting at $ 500. However, the imminent increase in competition should result in price reduction and thus favor the people’s access to this equipment.

Augmented reality goes far beyond entertainment. It is a very useful resource which generates important positive impacts on strategic indicators. The cosmetics brand L’Oreal launched its TryOn action allowing consumers to virtually try different products. The result: 80% conversion into sales. The retailer chain IKEA has also been very successful launching its IKEA Place app allowing customers to virtually view store products inserted in their homes with 98% accuracy. Companies from diverse sectors are already using AR as an effective tool in sales, production, trainings, among others. Augmented reality technology can enrich travel experiences in different situations, bringing important content and updated in real time on monuments, parks, restaurants, hotels, transportation systems, among others. Information and interactive contents would immediately appear on the traveller’s cell phone screen when aiming its device’s camera with an AR application.

Mixed reality (MR)

A mixed reality environment goes a step beyond augmented reality as users can interact with virtual objects as if they were part of the real world, eliminating the need for a smartphone or tablet screen.

To experience mixed reality, it is necessary to use an MR headset that allows interaction with 3D holograms and recognizes gestures, looks and sounds through motion controllers and MR headphones. The equipment’s processing power for this technology needs to be much greater than that used for virtual or augmented reality due to its greater operational complexity.

As the youngest in the immersive technology family, it is still little known in the market. However, some companies from different sectors and sizes have already invested in mixed reality projects. Ford, for example, already uses MR to create future vehicles prototypes, instead of making real prototypes that are much more expensive and time-consuming to make.

Simply put, the difference between virtual, augmented and mixed reality is:

• Virtual reality (VR): a totally immersive experience in which the user enters a fully digital environment through special VR glasses.

• Augmented reality (AR): an experience in which virtual objects are superimposed on the real world environment and can be viewed and accessed using smartphones, tablets or special AR glasses.

• Mixed reality (MR): allows interaction with 3D holograms in real environments and thus provides users with an immersive experience that mixes the real and the virtual in a fully integrated way.

Categorias
News

How Augmented Reality (AR) will become a very important educational tool to improve learning experience by transforming traditional teaching methods

Digital transformation is becoming more present in the classroom. Keep the new generation of students engaged with traditional teaching methods can be considered an impossible mission and even a huge mistake in education. We are dealing with a native digital audience that requires more dynamic, interactive and customized resources for learning. It is not about unengaging learning topics, but rather the traditional teaching methods.

In this context, it is possible to see that teachers are more frequently adding Augmented Reality into the classroom, proposing students a more interesting learning alternative through immersive experiences.
I would consider three topics to analyze the context of having Augmented Reality as a learning tool.

1. Resistance for adding digital solutions in teaching methods

There is still a significant level of resistance for many teachers in adopting digital solutions. If we think that one of the main reasons for the introduction of technology has always been to keep our lives better by saving time, narrowing communication flow, reducing physical distances, giving easy access to real time information, etc, technology can also improve our lives in education.

In my point of view, an exception to consider in this topic would be the introduction of technology for children, mainly before primary education level. It has been proved already by several studies the negative health impacts of excessive usage on children. However, from primary level on, some digital tools such as Augmented Reality could be gradually introduced as a valuable complementary resource to help in the learning process.

2. Augmented Reality can improve knowledge retention

Students need more interaction with the proposed subject and not only the content itself. An interactive and immersive experience can stimulate them much more than only reading or listening something. The human brain remembers much more things when stimulated by making or simulating reality. Therefore, an interactive experience brings a big difference in the learning process and Augmented Reality is the perfect technology for that.

3. Augmented Reality helps increase student’s concentration

Augmented Reality can improve concentration in studying. It may sound a bit strange once it is evident that one of the reasons for student’s distraction is mobile interaction for example. However, if the subject is taught with engaging technology, such as AR, it eliminates the need for students to find entertainment somewhere else. This is particularly beneficial for students who have trouble concentrating and struggle to take in and remember information. They can retain more information than they would gain from more traditional teaching methods.

Education is constantly changing according to the trends in society development. Nevertheless, the main reason for these shifts are not the new technologies but the new learners with their new needs and requirements.

In such an environment, learners can work and interact with virtual objects integrated to the real world. They explore and learn abstract theories and concepts much faster and easier with aspiration and motivation for deepening knowledge. Learners acquire key skills, knowledge and competences that enable them to take adequate and creative solutions to real problems.

Categorias
Notícias

Como a escola se propõe a ensinar meu filho?

Essa pergunta rara há tempos, hoje é muito comum entre pais que procuram por escolas que ofereçam propostas pedagógicas diferenciadas e ensino condizente com as exigências dos dias atuais. Vemos, também, que teóricos da educação trazem estudos demonstrando a necessidade de se propor espaços educativos onde os estudantes sejam ativos em todo o processo.

Esse fundamento teórico pode ser encontrado nos documentos oficiais de Estado, como nas Diretrizes Curriculares Nacionais ou na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que, ao nortearem a Educação Básica, evidenciam a necessidade do emprego de uma diversidade metodológica e a promoção do protagonismo juvenil. A importância deste protagonismo pode ser observada, pois conta com cerca de 15 citações na BNCC do Ensino Médio e mais de 50 na versão voltada aos anos iniciais e Ensino Fundamental. Esse conceito denota que o processo educativo deve ser centrado no estudante, tornando-o ativo em sua própria aprendizagem, a partir do desenvolvimento da autonomia e permitindo a escolha de itinerários formativos, contribuindo para a construção de seu Projeto de Vida.

No entanto, entre a teoria e a prática, entre a proposta pedagógica da escola e a sala de aula existe um processo complexo com inúmeras variáveis, pois é preciso considerar a formação dos professores, a produção de livros didáticos, os materiais apostilados de sistemas de ensino e os diversos sujeitos envolvidos, como pais, estudantes, professores, coordenadores e demais atores da educação. Embora os documentos oficiais apontem para um caminho inovador, o ensino tradicional pautado no professor como transmissor do conhecimento e o estudante como receptor passivo ainda prevalece. Essa manutenção de um modus operandi não é mais tão efetivo por diversas razões, indo desde as salas de aula lotadas, a estudantes com pouca perspectiva de futuro, falta de motivação para a aprendizagem, além da manutenção de licenciaturas que privilegiam a formação pautada na transmissão.

No entanto, empregar novas práticas não é um processo fácil. Muitos pais e estudantes que se deparam com professores inovadores têm insegurança, pois não encontram respaldo em seu arcabouço cultural, já que muitos aprenderam na perspectiva do ensino tradicional, que apesar de ser atualmente criticado, foi o que nos trouxe até aqui.
Porém, não podemos desconsiderar as mudanças geracionais que, inclusive, levam a conflitos cotidianos. Assim, temos uma questão fundamental: como aprende a “Geração Z”?

Para saber como ensinar um determinado grupo, uma maneira eficiente é saber como este se comporta. Os jovens da “Geração Z” são multitarefa, conectados, consomem conteúdos de mídias sociais e, especialmente, de plataformas de streaming como o YouTube. Parte destes jovens exercerá profissões que ainda não existem, muitos querem empreender e a maioria não se vê trabalhando a vida toda em uma mesma empresa.

Conhecendo algumas características da geração, podemos buscar como promover a Aprendizagem Ativa partindo de teóricos da Psicologia da Educação que fundamentam propostas pedagógicas, planos de aula e até projetos políticos-pedagógicos de escolas (PPP). Pesquisadores como Lev Vygotsky, referência para o socioconstrutivismo com seus estudos voltados para a área do desenvolvimento do aprendizado e a conexão com as relações sociais durante o processo de ensino-aprendizado, ou David Ausubel que descreve a Aprendizagem Significativa como o processo envolvendo a interação da nova informação abordada com a estrutura cognitiva do aluno, ou seja, que considera o conhecimento prévio do indivíduo como ponto de partida para um novo conhecimento. Ausubel define o conceito de “subsunçor” que também pode ser entendido como uma âncora, elemento fundamental onde novos conhecimentos interagem e se consolidam.

Tais estudos auxiliam, por exemplo, na aprendizagem de Ciências Exatas, por permitirem que muitas abstrações possam ser superadas por meio de modelos ou experimentos. A Geração Z pode, ainda, ser beneficiada através da mediação e facilitação da aprendizagem pelo uso de objetos educacionais, especialmente, os tecnológicos digitais como vídeos, animações, simuladores, games e estes podem ser apresentados, por exemplo, por meio da realidade aumentada ou virtual. Estes elementos, além de convergir com os interesses dos estudantes, podem representar subsunçores, promovendo a interação, a manipulação e a construção de pontes conceituais entre o abstrato e o concreto, funcionando como ferramentas-chave entre as diversas estratégias pedagógicas que o professor pode utilizar a fim de promover a aprendizagem efetiva.

Assim, na sua próxima visita à escola, pergunte à coordenação quais elementos possibilitam a implementação da proposta pedagógica.

Clique nos hiperlinks e saiba mais sobre as referências. Conheça, também, os documentos oficiais nos links abaixo:

Marco legal Novo Ensino Médio
Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio

Categorias
News

Education expert assumes pedagogical coordination at XPerience

We are happy to annouce the arrival of Professor Herbert João to the XPerience Extended Reality team. He will be responsible for coordinating the pedagogical department, with the primary mission of curating the company’s educational content and products.

With more than 15 years dedicated to Education and currently working as a researcher at the Faculty of Education at University of São Paulo – USP and also as an educator at the Institute of Physics of São Carlos University – USP, Herbert believes that technology-mediated teaching is fundamental in promoting engagement and effective learning.

Taking advantage of the experience in teaching and research in basic education, I hope to bring to this project elements that contribute to an active and stimulating learning for students.

Herbert João
Categorias
Notícias

Educador da USP assume coordenação pedagógica na XPerience

É com grande satisfação que anunciamos a chegada do Professor Herbert João à equipe da XPerience Extended Reality. Ele ficará responsável pela coordenação do departamento pedagógico, tendo como missão principal a curadoria de conteúdos e produtos educacionais da empresa.

Com mais de 15 anos dedicados à Educação e atualmente exercendo funções de pesquisador da Faculdade de Educação da USP e também como educador do Instituto de Física de São Carlos – USP, Herbert acredita que o ensino mediado por tecnologias é primordial na promoção do engajamento e da aprendizagem efetiva.

Aproveitando a experiência em ensino e pesquisa na educação básica, espero trazer para este projeto elementos que contribuam com uma aprendizagem mais ativa e estimulante para os estudantes.

Herbert João
Categorias
News

Current education and the market in 2030

A study by the Institute for the Future (IFTF) for Dell Technologies found that 85% of the professions that will exist in 2030 have not yet been created. Although many details about these new professions are still unclear, there is no doubt that the digital revolution will continue to be the driving force for this important transformation. As a father of 2 boys who will face this new scenario early in their professional careers, I ask myself: are we properly training the generation that will land in this new market?

By 2030, it is estimated that 16 million Brazilians will face changes in their careers due to technological advances. Since 2010, the number of industrial robots has grown at an average rate of 9% per year. In addition, it is projected that six out of ten jobs may have 30% of their activities automated. In view of the evidence that the digital transformation process is a path of no return, it becomes essential to focus efforts on the development of skills that enable the efficient and safe integration between humans and machines.

The ability to adapt to the modernization of the means of work and study will be crucial for professionals to enter and prosper in the market. It is evident, therefore, the need for a deep and urgent revision in current models of training young people and children, which are still linked to disconnected educational models.

In this context, schools should, for instance, start teaching students from the initial cycles HOW to learn and not only WHAT to learn. The development of skills such as autonomy, creativity, logic, emotional intelligence, judgment and technological knowledge should be the fundamentals of learning to better prepare today’s students to access the market of tomorrow in a safe and capable manner. In short, knowing how to learn through physical and digital platforms and creating a link with the diverse knowledge acquired will be more important than mastering a particular theme or discipline in depth.

When we look back at the job market, we see that most companies still prioritize technical knowledge during the process of hiring people. At the same time, these same companies fire a large part of their employees for behavioral problems, not technical. When we cross this context with the projected market scenario for 2030, it becomes even more evident that we need to promote changes in thinking and attitudes at the whole chain, from basic educational to professional performance.

This reflection allows me to conclude that our role in this scenario will be mainly related to the ability to integrate people and technologies in an intelligent and harmonious way. To make it happens successfully, it is essential that schools dedicate greater efforts to the development of socio-emotional competences and include digital tools for greater practical experimentation. Thus, I believe that we will have a generation of professionals better prepared to land in the future market.

Categorias
Notícias

Uma reflexão sobre a educação atual e o mercado de trabalho em 2030

Um estudo realizado pelo Institute for the Future (IFTF) para Dell Technologies apontou que 85% das profissões que existirão em 2030 ainda não foram criadas. Apesar de muitos detalhes sobre essas novas profissões ainda não estarem claros, não restam dúvidas de que a revolução digital continuará sendo a força motriz para essa importante transformação. Como pai de 2 meninos que enfrentarão esse novo cenário logo no início de suas carreiras profissionais, me pergunto: estamos formando adequadamente a geração que desembarcará neste novo mercado de trabalho?

Até 2030, calcula-se que 16 milhões de brasileiros sofrerão mudanças em suas carreiras por conta dos avanços tecnológicos. Desde 2010, o número de robôs industriais cresce ao ritmo médio de 9% ao ano. Além disso, projeta-se que seis entre dez trabalhos podem ter 30% de suas atividades automatizadas. Diante da evidência de que o processo de transformação digital é um caminho sem volta, torna-se primordial focar esforços no desenvolvimento de competências que viabilizem a integração eficiente e segura entre humanos e máquinas.

A capacidade de adaptação à modernização dos meios de trabalho e estudo serão cruciais para que profissionais possam entrar e prosperar no mercado. Fica evidente, portanto, a necessidade de uma profunda e urgente revisão em atuais modelos de formação de jovens e crianças, que ainda se encontram vinculados a modelos educacionais desconexos.

Neste contexto, as escolas deveriam, por exemplo, passar a ensinar aos alunos desde os ciclos iniciais COMO aprender e não O QUE aprender. O desenvolvimento de competências como autonomia, criatividade, lógica, inteligência emocional, capacidade de julgamento somado ao conhecimento tecnológico deveriam ser as bases fundamentais do aprendizado para melhor preparar os alunos de hoje a ingressar de forma segura e capacitada no mercado de amanhã. Em suma, saber aprender por meio de plataformas físicas e digitais e criar nexo com os diversos conhecimentos adquiridos será mais importante que dominar a fundo um determinado tema ou disciplina.

Ao voltarmos o olhar para o mercado de trabalho, observamos que a maioria das empresas ainda priorizam o conhecimento técnico durante o processo de contratação de pessoas. Simultaneamente, essas mesmas empresas demitem grande parte de seus colaboradores por problemas comportamentais, não técnicos. Ao cruzarmos esse contexto com o cenário projetado de mercado para 2030, fica ainda mais evidente que precisamos promover mudanças de pensamento e atitudes nas bases e nas pontas dessa cadeia, ou seja, da formação educacional básica à atuação profissional.

Essa reflexão me permite concluir que o nosso papel nesse cenário estará principalmente relacionado a capacidade de integrar pessoas e tecnologias de forma inteligente e harmônica. Para que isso ocorra de forma bem-sucedida, é primordial que as escolas dediquem maiores esforços no desenvolvimento das competências socioemocionais e incluam ferramentas digitais de maior experimentação prática. Assim, acredito que teremos uma geração de profissionais melhor preparados para desembarcar no mercado de trabalho futuro.

Categorias
News

Augmented reality in education during social isolation

The massive adoption of digital resources has become a reality for the majority of the world’s population who are in confinement due to the Covid-19 pandemic. At some point, everyone will have to use digital tools to carry out daily activities either for work, socialization, consumption or studies.

Herein, I will give more attention to the relevance of Augmented Reality technology in the educational context, since millions of children and young people were removed from the school environment and need to remain connected and motivated in their studies even remotely.

Engaging students in a distance learning model is one of the biggest challenges schools face around the world. One of the main reasons is due to the lack of digital resources that arouse interest in students.

In this context, Augmented Reality can be fundamental as it enables the transformation of traditional methods into more innovative, fun and attractive formats. In addition to providing students with the opportunity to develop a deeper understanding of various concepts, this type of resource also encourages them to ask questions and investigate further on what they are learning. They have the opportunity to perform virtually experiments that would often be impossible in real situations, such as a laboratory practice activity with manipulation of radioactive elements or even a rocket ride through the solar system.

However, there is still a predominant theoretical and analogical approach in the educational environment, which do not awakens interest in students. On the other hand, an important movement based on active methodology fortunately gains more and more strength in the market. As it can be inferred, this model proposes to expose students to roles of greater protagonism, stimulating research, experimentation and debate both inside and outside the classroom. Thus, the student is able to get more involved and retain content better, resulting in outstanding performance during the course.

Another important point is that students generally experience some degree of insecurity when faced with new challenges during their educational trajectory. In such cases, incorporating immersive technologies such as Augmented Reality can help them not only simulate something virtually and with absolute security, but mainly to learn more deeply new content through experimentation. For example, try to imagine the pressure that a medical student faces when dealing with a critical case for the first time. A misunderstanding about a concept or procedure can not only ruin his/her professional career in the future but mainly cost lives. By simulating virtually the same situation through an Augmented Reality application, it is possible to better prepare and then significantly reduce the risk of making mistakes in procedures with real patients.

In conclusion, I believe there will be definite changes in the way people interact with digital resources in their lives after this crisis has passed. This is also valid in the educational context. The importance of adopting tools such as Augmented Reality will become even more evident, allowing the combination of theory and practice. And even in situations that require social distance, it will be possible to maintain the fluidity of the learning process.

Categorias
Notícias

Realidade Aumentada na educação em tempos de confinamento social

A adoção massiva de recursos digitais se tornou realidade para a maioria da população mundial que se encontra em situação de confinamento por conta da pandemia de Covid-19. Seja para trabalhar, socializar, consumir ou estudar, todos, em algum momento, terão que recorrer a ferramentas digitais para realização de atividades cotidianas.

Neste texto, darei maior atenção à importância da tecnologia Realidade Aumentada no contexto educacional, uma vez que milhões de crianças e jovens encontram-se afastados do ambiente escolar e precisam manter-se conectados e motivados nos estudos ainda que remotamente.

Engajar alunos em um modelo de ensino à distância é um dos maiores desafios enfrentados por escolas de todo o mundo. Um dos principais motivos, é a falta de recursos digitais que despertem interesse nos alunos.

Neste contexto, a Realidade Aumentada pode ser fundamental uma vez que viabiliza a transformação de métodos tradicionais em formatos mais inovadores, divertidos e atrativos. Além de oferecer aos alunos a oportunidade de desenvolver uma compreensão mais profunda sobre diversos conceitos, esse tipo de recurso também os encoraja a fazer perguntas e a investigar mais à fundo sobre o que estão aprendendo. Eles têm a oportunidade de realizar virtualmente experiências que seriam muitas vezes impossíveis em situações reais como, por exemplo, uma atividade de prática laboratorial com manipulação de elementos radioativos ou ainda um passeio de foguete pelo sistema solar.

No entanto, nota-se ainda a predominância de modelos com abordagens teóricas e analógicas no meio educacional, que não despertam interesse nos alunos. Por outro lado, um importante movimento com propostas baseadas em metodologia ativa felizmente ganha cada vez mais força no mercado. Como pode-se inferir, este modelo propõe expor o aluno a papéis de maior protagonismo, estimulando a investigação, experimentação e debate tanto dentro como fora de sala de aula. Assim, o estudante consegue se envolver mais e fixar melhor o conteúdo, resultando em melhor aproveitamento durante o curso.

Outro ponto que vale destacar, é que estudantes geralmente apresentam algum grau de insegurança quando se deparam com novos desafios durante sua trajetória educacional. Nesses casos, a incorporação de tecnologias imersivas como a Realidade Aumentada pode ajudá-los a não apenas simular algo virtualmente e com absoluta segurança, como principalmente aprender de forma mais profunda novos conteúdos através da experimentação. Por exemplo, tente imaginar a pressão que um estudante de medicina deve enfrentar quando encontra um caso crítico pela primeira vez. Uma compreensão equivocada sobre algum conceito ou procedimento pode não apenas arruinar sua carreira profissional no futuro como principalmente custar vidas. Ao simular virtualmente a mesma situação por meio de uma aplicação de realidade aumentada, é possível se preparar melhor e então reduzir de forma expressiva o risco de cometer erros em procedimentos com pacientes reais.

Para concluir, acredito que virão mudanças definitivas na maneira como as pessoas interagem com recursos digitais em suas vidas depois que essa crise passar. Não será diferente no contexto educacional. Ficará ainda mais evidente a importância da adoção de ferramentas como Realidade Aumentada, que permitem a combinação de teoria e prática. Assim, mesmo em situações que exijam distanciamento social, será possível manter a fluidez do processo de aprendizagem.