A convergência do mundo físico e do virtual vem sendo estudada pelo ser humano há muito tempo. Muitos eventos importantes ocorreram desde o invento do Head-Mounted-display pelo premiado Ivan Sutherland, do Sensorama do Morton Heiling em 1957 e do termo “realidade aumentada” cunhado pelo pesquisador da Boeing Thomas Caudell.
Muito se passou e hoje é possível ter o mundo físico aprimorado através de uma janela bem pequena e que está no nosso bolso: o celular. Para a realidade virtual também é possível a cada ano que passa adquirir os aparelhos mais baratos. Mas ainda sim existem algumas questões no ar.
Em termos de tendências no setor de tecnologias imersivas, a questão mais relevante é como podemos expandir o que se tem hoje e como as pessoas podem ter mais acesso, mudando a sensação de tecnologia com presença tímida que temos atualmente.
Muitas empresas estão investindo forte nesse mercado e muitas pessoas estão se interessando e dando conta dos benefícios de ter esta ferramenta de aprendizado extra. Porém existe uma dificuldade no mercado em acessar os objetos e de escalar para um grande número de pessoas.
Em educação isto significa ter os alunos e professores desfrutando das tecnologias imersivas de uma maneira fluída e sem barreiras. Visualizar e interagir com um objeto 3D, por exemplo, a qualquer momento. Ver o sistema solar no chão da sua casa.
Uma forte tendência é a presença de atores que saibam escalar. Nosso foco é ocupar este espaço e direcioná-lo para o âmbito educacional.
Existe também uma outra tendência que embora um pouco mais distante, que começa a ser amplamente estudada: Computação Espacial. Tema amplo, mas que basicamente une tudo que AR/VR tem hoje e conecta com sensores e dispositivos presentes na sua casa. A Gartner, famoso pelo seu Quadrante Mágico de tendências publicado anualmente, defende que com o passar do tempo, AR e VR se expandirão além da imersão visual para incluir todos os sentidos humanos.
Até lá, o grande primeiro passo é tornar nossos alunos cientes das possibilidades de se ter uma janela que as leva para além do que elas enxergam. É mostrar para as pessoas que com a adoção de internet, aparelhos móveis e um aplicativo contendo uma ampla biblioteca de objetos educacionais, agora elas podem num clique, ter uma camada aprimorada da realidade. Não tem tendência melhor do que esta: a de ver o mundo com outros olhos, literalmente.
Gabriel Rondon